alcoolismo

A dependência química, como o transtorno por uso de álcool (TUA), é reconhecida como uma das principais questões de saúde pública contemporânea, afetando milhões de pessoas em diferentes países e contextos sociais. No Brasil, o álcool ocupa uma posição central entre as substâncias psicoativas: é legal, amplamente aceito e de fácil acesso. Essa naturalização do consumo, mascara os impactos negativos do uso excessivo e contínuo, que vão desde prejuízos à saúde física e mental até rupturas familiares e dificuldades socioeconômicas. Nesse cenário, cresce o interesse científico pelo uso da cannabis medicinal, em especial o canabidiol (CBD) — um composto não psicoativo da planta Cannabis sativa —, devido ao seu potencial terapêutico em transtornos relacionados ao uso de substâncias. Este artigo apresenta uma visão abrangente sobre o TUA, abordando suas características clínicas, critérios diagnósticos, efeitos no organismo e as possibilidades terapêuticas atuais e emergentes, com foco nas evidências científicas que sustentam o uso do CBD como apoio ao tratamento da dependência alcoólica.

O que é o alcoolismo?

O alcoolismo, atualmente denominado Transtorno por Uso de Álcool (TUA), é uma condição médica e psiquiátrica reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença desde 1967 (CID-8).

Essa classificação reforça que o alcoolismo vai muito além de um hábito ou escolha pessoal — trata-se de um transtorno sério que requer atenção e tratamento especializado.

Caracteriza-se pela dificuldade persistente em controlar ou interromper o consumo de álcool, mesmo diante de consequências negativas evidentes para a saúde física, mental, vida pessoal, profissional e social.

Com o tempo, a pessoa desenvolve tolerância à bebida, ou seja, precisa ingerir quantidades cada vez maiores de álcool para alcançar os mesmos efeitos. Quando tenta interromper ou reduzir o consumo, surgem os sintomas de abstinência, como tremores, ansiedade, irritabilidade, insônia, entre outros, tornando ainda mais difícil o abandono do uso.

A linha tênue entre uso, abuso e dependência

O álcool é uma substância psicoativa com potencial para causar dependência. Substâncias psicoativas são aquelas capazes de alterar o humor, a percepção, o comportamento ou o funcionamento do sistema nervoso central, independentemente da forma como são consumidas.

Embora o consumo de álcool nem sempre indique um problema, não existe uma linha rígida que separe o uso recreativo, o abuso e a dependência.

Trata-se de um processo gradual, que ocorre em um espectro contínuo: o uso pode se tornar, aos poucos, mais frequente, mais presente na rotina e cada vez mais necessário para o bem-estar subjetivo da pessoa.

À medida que o consumo passa a ocupar um espaço central na vida do indivíduo, ele tende a reorganizar suas atividades, relacionamentos e prioridades em função da bebida.

O abuso é caracterizado quando o uso da substância ultrapassa limites considerados aceitáveis, seja sob a ótica médica, seja social, e gera consequências negativas.

Já a dependência envolve um padrão de uso compulsivo, acompanhado por:

  • Fissura (um desejo intenso e incontrolável de consumir);
  • Perda de controle sobre a quantidade ou frequência do consumo;
  • Sintomas de abstinência quando o uso é interrompido.

Nesse estágio, o corpo já está fisiologicamente adaptado à presença constante do álcool, o que torna o processo de interrupção ainda mais difícil e muitas vezes requer acompanhamento especializado.

Os efeitos do álcool no corpo: o que o consumo excessivo pode causar?

O consumo excessivo e frequente de álcool pode provocar danos progressivos e generalizados no organismo, afetando desde o funcionamento do cérebro até o sistema imunológico.

 Por ser uma substância tóxica e depressora do sistema nervoso central, o álcool interfere em diversas funções vitais, mesmo quando seu uso ainda parece “socialmente aceitável”.

Confira abaixo os principais sistemas afetados:

1. Sistema nervoso central

O álcool altera o funcionamento do cérebro, comprometendo o raciocínio, a memória, a coordenação motora e o julgamento. O uso crônico pode levar a:

  • Danos irreversíveis nos neurônios
  • Quadros de depressão, ansiedade e insônia

2. Fígado

É um dos órgãos mais afetados. O fígado metaboliza o álcool, mas o consumo excessivo o sobrecarrega, podendo causar:

  • Hepatite alcoólica
  • Esteatose hepática (fígado gorduroso)
  • Cirrose, que é uma lesão irreversível do fígado e pode levar à morte

3. Sistema cardiovascular

Apesar de o álcool, em pequenas quantidades, já ter sido associado a alguns efeitos protetores, o abuso leva a:

  • Hipertensão arterial
  • Arritmias cardíacas
  • Aumento do risco de AVC e infarto

4. Sistema digestivo

O álcool irrita as mucosas do trato gastrointestinal, podendo causar:

  • Gastrites e úlceras
  • Pancreatite, inflamação do pâncreas, que pode ser grave
  • Comprometimento da absorção de nutrientes

5. Sistema imunológico

O uso prolongado do álcool enfraquece as defesas do corpo, tornando o organismo mais vulnerável a infecções como pneumonia e tuberculose.

6. Sistema reprodutivo e hormonal

No homem, o álcool pode reduzir os níveis de testosterona e afetar a fertilidade. Nas mulheres, há alterações menstruais e maior risco de problemas durante a gestação.

7. Risco de câncer

O uso abusivo de álcool está associado a diversos tipos de câncer, como:

  • Câncer de fígado
  • Câncer de boca, garganta e esôfago
  • Câncer de mama e colorretal

Como é feito o diagnóstico do Transtorno por Uso de Álcool?

O diagnóstico do transtorno não se baseia em exames laboratoriais, mas sim em uma avaliação clínica cuidadosa, centrada na história pessoal e no comportamento do indivíduo em relação ao consumo de álcool.

Durante a entrevista clínica — que pode ser estruturada ou mais aberta, conforme o caso — o profissional de saúde mental conduz uma conversa acolhedora e investigativa.

O objetivo é identificar sinais e padrões que possam indicar a presença do transtorno. As perguntas são feitas de forma acessível, como nos exemplos abaixo:

  • “Você já tentou parar de beber e não conseguiu?”- Investiga a perda de controle sobre o consumo.
  • “Já sentiu muita vontade de beber, mesmo quando queria evitar?”- Avalia o desejo intenso pela substância (craving).
  • “O álcool já atrapalhou sua vida no trabalho, nos estudos ou em casa?”- Verifica prejuízos nas responsabilidades.
  • “Você já deixou de fazer coisas importantes por causa da bebida?”- Analisa o afastamento de atividades sociais ou profissionais.
  • “Quando para de beber, sente tremores, ansiedade ou outros sintomas?”- Observa sinais de abstinência.

Com base nas respostas, o profissional avalia quais critérios diagnósticos do DSM-5-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) estão presentes.

Para que o diagnóstico de TUA seja considerado, é necessário que pelo menos dois sintomas tenham ocorrido nos últimos 12 meses. A gravidade do transtorno é classificada da seguinte forma:

  • TUA leve: 2 a 3 sintomas
  • TUA moderado: 4 a 5 sintomas
  • TUA grave: 6 ou mais sintomas

Esse processo diagnóstico permite não apenas confirmar a presença do transtorno, mas também orientar o tipo de abordagem terapêutica mais adequada para cada caso.

Como é feito o tratamento do alcoolismo?

O primeiro passo para o tratamento do alcoolismo é o reconhecimento, por parte da própria pessoa, de que enfrenta um problema com o álcool e que deseja mudar essa realidade. Essa conscientização é essencial para o sucesso de qualquer abordagem terapêutica.

A partir desse momento, é importante que o dependente e/ou sua família procure ajuda profissional, preferencialmente com um psicólogo ou psiquiatra, que irá avaliar o caso e indicar as possibilidades mais adequadas de tratamento.

O tratamento pode envolver diferentes abordagens, que muitas vezes são combinadas para ampliar os resultados. Entre as mais comuns estão:

  • Desintoxicação supervisionada: Processo de retirada do álcool do organismo com acompanhamento médico, especialmente importante nos casos mais graves, em que os sintomas de abstinência podem ser intensos.
  • Uso de medicamentos: Alguns fármacos podem ser prescritos para reduzir o desejo de beber (craving), aliviar sintomas de abstinência ou até gerar repulsa ao álcool quando ingerido.
  • Psicoterapia individual e/ou em grupo: O aconselhamento psicológico ajuda o paciente a compreender as causas do vício, desenvolver estratégias para evitar recaídas e reconstruir sua autoestima e suas relações. Grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos (AA), também são recursos valiosos nesse processo.

envolvimento da família é essencial em todas as fases do tratamento, oferecendo suporte emocional, ajudando na adesão às orientações terapêuticas e contribuindo para um ambiente mais saudável e acolhedor.

Limitações das abordagens tradicionais no tratamento da dependência de álcool

Embora as abordagens convencionais sejam amplamente utilizadas e fundamentadas em evidências científicas, ainda enfrentam importantes limitações que podem comprometer a eficácia e a continuidade do tratamento. Entre os principais desafios, destacam-se:

1. Alta taxa de recaída

Mesmo após períodos de abstinência, muitos pacientes apresentam dificuldade em manter a sobriedade a longo prazo, com taxas de recaída que podem chegar a 60% em até um ano. Isso ocorre, em parte, porque os tratamentos convencionais nem sempre controlam adequadamente sintomas persistentes, como a fissura (craving) e a ansiedade.

2. Efeitos colaterais dos medicamentos

Alguns medicamentos utilizados, como dissulfiram, naltrexona e acamprosato, podem provocar efeitos colaterais que reduzem a adesão ao tratamento, como náuseas, cefaleia, irritabilidade e desconfortos gastrointestinais.

3. Baixa adesão ao tratamento

Fatores como estigma social, falta de apoio familiar, desmotivação pessoal ou dificuldade de acesso a serviços especializados contribuem para o abandono precoce do tratamento por parte de muitos pacientes.

4. Foco limitado nos aspectos emocionais e neurobiológicos

Algumas intervenções ainda se concentram apenas na abstinência, sem abordar os fatores emocionais, comportamentais e neurológicos que alimentam o ciclo da dependência. Essa limitação compromete a capacidade de promover uma recuperação mais completa, sustentável e duradoura.

Cannabis medicinal no apoio ao tratamento do alcoolismo

Nos últimos anos, estudos científicos vêm investigando o uso terapêutico da cannabis medicinal como coadjuvante no tratamento do Transtorno por Uso de Álcool (TUA).

O foco principal tem sido o canabidiol (CBD), um dos principais compostos não psicoativos da planta Cannabis sativa.

Embora a cannabis não substitua os tratamentos tradicionais — como psicoterapia, uso de medicamentos convencionais e grupos de apoio — ela tem se mostrado promissora em alguns aspectos importantes da dependência alcoólica:

1. Redução da fissura (craving)

Pesquisas indicam que o CBD modula os circuitos de recompensa cerebral, reduzindo o desejo intenso por álcool — um dos principais gatilhos para recaídas.

Além disso, ele torna a substância menos recompensadora do ponto de vista neuroquímico, e também reduz comportamentos impulsivos relacionados ao uso.

Esses efeitos estão ligados à ação do CBD sobre os circuitos dopaminérgicos do cérebro, particularmente nas regiões da área tegmentar ventral (ATV) e do núcleo accumbens (NAc) — áreas centrais do sistema de recompensa envolvidas na motivação e no comportamento de busca por substâncias.

Embora ainda sejam necessários estudos clínicos mais robustos em indivíduos com TUA, ensaios clínicos randomizados realizados em pacientes com transtorno por uso de opioides (TUO) já demonstraram a eficácia do CBD na redução da fissura e da ansiedade, reforçando seu potencial terapêutico em transtornos por uso de substâncias de forma geral.

2. Controle da ansiedade e dos sintomas de abstinência

O canabidiol (CBD) também se destaca por suas propriedades ansiolíticas, que podem ser particularmente úteis durante a fase de abstinência alcoólica — um momento crítico para o tratamento do Transtorno por Uso de Álcool (TUA).

Durante os primeiros dias sem álcool, o paciente pode apresentar sintomas como ansiedade intensa, insônia, irritabilidade, agitação e desconforto físico.

O CBD atua como um modulador do sistema nervoso, ajudando a estabilizar o humor e a reduzir a reatividade ao estresse, favorecendo uma transição mais segura e confortável para a sobriedade.

Estudos apontam que o CBD pode:

  • Reduzir sintomas físicos e comportamentais da abstinência, como tremores e agitação;
  • Aliviar a ansiedade, que é um dos principais fatores de risco para recaídas;
  • Modular os circuitos neuroquímicos ligados à abstinência, como os sistemas dopaminérgico e serotoninérgico, associados ao estresse, compulsão e desejo.

Esses efeitos tornam o CBD um potencial coadjuvante na fase de desintoxicação, auxiliando o paciente a enfrentar os desafios iniciais da interrupção do álcool com mais equilíbrio emocional e menor sofrimento.

3. Neuroproteção

O consumo crônico de álcool promove alterações neurotóxicas profundas, afetando estruturas cerebrais críticas Estudos apontam que o CBD possui efeitos neuroprotetores, podendo minimizar alguns dos prejuízos neurológicos causados pelo uso crônico de álcool, como alterações cognitivas e inflamações cerebrais.

4. Potencial anti-inflamatório e hepático

Além de seus efeitos sobre o sistema nervoso, o canabidiol (CBD) também apresenta propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras que vêm sendo investigadas no contexto de danos hepáticos induzidos pelo álcool. Estudos em modelos animais demonstraram que o CBD pode:

  • Reduzir inflamações hepáticas, ao inibir citocinas pró-inflamatórias como TNF-α e IL-1β;
  • Atuar contra o estresse oxidativo no fígado, protegendo os hepatócitos da lesão celular;
  • Atenuar quadros de esteatose hepática alcoólica e hepatite alcoólica leve, condições frequentes em usuários crônicos de álcool.

Esses efeitos são atribuídos, em parte, à modulação do sistema endocanabinoide hepático, que regula respostas inflamatórias, fibrose e metabolismo lipídico.

Considerações finais

O Transtorno por Uso de Álcool (TUA) permanece como um dos principais desafios de saúde pública da atualidade, demandando abordagens terapêuticas integradas que levem em conta a complexidade biológica, psicológica e social da dependência.

Nesse contexto, a cannabis medicinal, com destaque para o canabidiol (CBD), tem se consolidado como uma alternativa terapêutica promissora, especialmente por seus efeitos ansiolíticos, neuroprotetores, anticompulsivos e anti-inflamatórios.

Embora os resultados sejam encorajadores, o uso do CBD ainda requer cautela, acompanhamento profissional qualificado e respaldo científico rigoroso.

O futuro do tratamento da dependência alcoólica pode estar na integração entre as abordagens tradicionais e as inovações terapêuticas, como os fitocanabinoides, ampliando as possibilidades de cuidado, recuperação e qualidade de vida para milhares de pessoas afetadas por essa condição.

Quer saber como a cannabis pode ajudar o seu caso?

Canabidiol na Artrite: Alívio e potencial anti-inflamatório

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Reconhecida como uma das principais causas de incapacidade global, a artrite pode acometer indivíduos de todas as idades, embora seja mais comum entre os idosos.

Embora os tratamentos convencionais sejam eficazes em muitos casos, eles nem sempre oferecem alívio completo dos sintomas, levando pacientes e especialistas a buscar alternativas complementares.

Nesse cenário, o canabidiol (CBD), um composto não psicoativo derivado da planta cannabis sativa, tem ganhado destaque por seu potencial terapêutico no manejo dos sintomas da artrite.
O uso do CBD pode diminuir a necessidade de medicamentos convencionais, reduzindo efeitos colaterais.
O CBD tem potencial anti-inflamatório e analgésico, podendo complementar o tratamento da artrite.
O perfil de segurança do CBD é favorável, sendo uma alternativa natural para o manejo dos sintomas da artrite.
Evidências científicas apontam melhorias na mobilidade e na qualidade do sono, além da redução dos sintomas.

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Diante desse cenário, muitas mulheres buscam alternativas naturais para alívio dos sintomas, e é nesse contexto que o CBD (canabidiol) se destaca, oferecendo potenciais benefícios terapêuticos sem os efeitos psicoativos do THC. Estudos recentes, como o publicado pela Universidade de Harvard no npj Women’s Health, apontam o CBD para dor associada à menstruação como uma estratégia inovadora e potencialmente eficaz.

Este artigo explora, de forma abrangente e otimizada para motores de busca, o que é o CBD, como ele age no corpo, as evidências científicas disponíveis e como ele pode ser utilizado, sempre com orientação médica, como uma alternativa natural e 100% legal para a gestão do desconforto menstrual.

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